Cinco pessoas são presas durante operação que investiga fraude em concursos públicos de MT
20/12/2024
Entre os presos, estão o assessor jurídico, o tesoureiro e o presidente da Câmara de General Carneiro. Também foram encontrados documentos que ligavam dois candidatos aprovados em cargos de destaque, à gestão da Câmara. Janderson Lauro, Presidente da Câmara Municipal de General Carneiro
Reprodução
A Polícia Civil cumpriu, nesta sexta-feira (20), 34 ordens judiciais na Operação Aletheia, que investiga corrupção passiva e fraudes em concursos públicos na Câmara Municipal de General Carneiro, a 449 km de Cuiabá. Entre os presos, estão o assessor jurídico, o tesoureiro e presidente da Câmara de General Carneiro
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O g1 tenta contato com os alvos da operação.
Os mandados são cumpridos nas cidades de Barra do Garças, General Carneiro, Lambari d'Oeste, Rio Branco, Cáceres e Cuiabá.
Ao todo são cumpridos:
5 ordens de Buscas e apreensões;
5 ordens de prisões;
5 ordens de quebras de sigilo bancário;
5 ordens de sequestros em contas bancárias;
5 ordens de quebras de sigilo fiscal;
5 ordens de quebras de sigilos telefônicos;
2 ordens de suspensões de atividades de empresas;
2 ordens de cautelares diversas de suspensão de atos de convocação, nomeações e posse de candidatos no concurso.
As investigações tiveram início depois de uma denúncia em Barra do Garças, que indicava o esquema em um dos concursos públicos. O concurso foi organizado por uma empresa do ramo de Engenharia Civil e contratada sem licitação, por R$ 32 mil.
Também foram encontrados documentos que ligavam dois candidatos aprovados em cargos de destaque, à gestão da Câmara.
A Polícia Civil segue investigando o caso, para identificar outros envolvidos no esquema.
Polícia Civil de Mato Grosso
Segundo a Polícia Civil, as empresas contratadas simulavam uma concorrência na licitação do concurso público de General Carneiro, quando na verdade pertenciam ao mesmo grupo econômico e suspeito. Elas atuavam com o mesmo modus operandi em diversos municípios de Mato Grosso, e geraram prejuízos milionários.
Ainda de acordo com a polícia, os membros da Câmara e os representantes da empresa contratada, se reuniam para discutir estratégias para beneficiar servidores já empregados na Câmara em troca de apoio político. Na época da homologação do concurso, diversas denúncias foram feitas, expondo o esquema.
Além disso, também foram encontrados conflitos de interesse envolvendo a presidente da comissão do concurso e um dos candidatos aprovados, reforçando indícios de fraude.
A Polícia Civil segue investigando o caso, para identificar outros envolvidos no esquema.