Psicoterapeuta norte-americano é encontrado morto em apartamento de Cuiabá
30/11/2024
Profissional compartilhava sua luta a favor dos direitos LGBTQIAPN+, e por afirmar ter sido vítima de violência doméstica, psicológica, física e patrimonial, ele decidiu lutar contra a violência doméstica, defendendo também homens vítimas em relações homoafetivas. Andrew Thomas Cicchetti, de 59 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava no Centro de Cuiabá
Arquivo pessoal
O psicoterapeuta americano Andrew Thomas Cicchetti, de 59 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava no Centro de Cuiabá, nesta sexta-feira (29). Ele ficou conhecido por defender homens vítimas de violência doméstica em relações homoafetivas, e morava na capital mato-grossense desde 2012.
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De acordo com a Polícia Civil, Andrew foi encontrado sobre a cama, em um dos quartos da residência, com lesões no corpo. Ele morava sozinho e não possuía familiar no Brasil.
Equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local, mas a causa da morte ainda não foi identificada.
De acordo com uma vizinha, um pet shop entrou em contato com ela perguntando por Andrew, após ele não retornar para buscar os dois cachorros que havia deixado no estabelecimento. A vizinha então resolveu acionar a Polícia Militar.
Entre as equipes presentes no local que entraram no apartamento, estava o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou a morte da vítima. Por se tratar de um estrangeiro sem nenhum familiar na cidade, a Polícia Federal também foi acionada.
O corpo foi encaminhado para exame de necropsia.
A luta a favor dos direitos LGBTQIAPN+ e contra a violência doméstica
Andrew Thomas Cicchetti e Maria da Penha
Arquivo pessoal
Nas redes sociais, Andrew compartilhava sua luta a favor dos direitos LGBTQIAPN+, e por afirmar ter sido vítima de violência doméstica, psicológica, física e patrimonial, ele decidiu lutar contra a violência doméstica, defendendo também homens vítimas em relações homoafetivas.
Quando se viu desamparado pela Justiça, ele buscou a criação de uma lei semelhante à Lei Maria da Penha, que pudesse garantir proteção aos homens homessexuais que estivessem passando pela mesma situação.
Ele também atendia vítimas de violência doméstica e abordava o assunto publicamente nas redes sociais como uma forma de prevenção e cuidado.