Suspeitos de sequestrar e extorquir representante comercial para compra de insumos para ração são alvos de operação em MT
20/12/2024
Vítima era de Rio Grande do Norte e veio a Mato Grosso para negociar sacas de milho anunciadas na internet, quando foi sequestrada, segundo a polícia. Segundo a polícia, a investigação começou a partir de um roubo em dezembro do ano passado
Polícia Civil
A Polícia Civil cumpriu seis mandados de prisão, 20 de buscas e apreensão de um carro, contra uma organização criminosa envolvida em roubo e extorsão, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, nesta sexta-feira (20), durante a Operação Árpagas.
Segundo a polícia, a investigação começou a partir de um roubo em dezembro do ano passado, quando representante comercial do Rio Grande do Norte foi sequestrado e extorquido por um grupo criminoso. A vítima trabalhava com compra e venda de insumos para ração animal e veio a Mato Grosso negociar sacas de milho anunciadas na internet.
À polícia, a vítima relatou que viu um anúncio em rede social sobre a venda de saca do milho pelo valor de R$ 33,00, em uma fazenda no interior do estado. O anunciante teria direcionado a finalização da venda a seu suposto patrão e proprietário da fazenda, que providenciaria o transporte da vítima até a propriedade em um veículo que teria a identificação da fazenda.
Sequestro
Foram cumpridos 6 mandados de prisões, 20 buscas e o sequestro do veículo utilizado no crime
Polícia Civil
Na data combinada, uma pessoa, em um carro, foi até o hotel onde a vítima estava hospedada, próximo à rodoviária de Cuiabá, e a levou até uma casa, em uma estrada de chão, em Várzea Grande. Lá, ela foi mantida em cárcere privado, ameaçada por arma de fogo, por dois criminosos que roubaram o celular, dinheiro e roupas dela.
Os criminosos obrigaram a vítima a intermediar a compra de sacas de milho, com duas empresas no Rio Grande do Norte.
A vítima foi coagida a usar o próprio telefone para falar com o representante da empresa para que comprasse 400 sacas de milho, a R$ 75 reais a unidade, e solicitar um adiantamento de R$ 20 mil, que deveria ser depositado em uma conta fornecida pelos criminosos.
Em seguira, os suspeitos obrigaram a vítima a entrar em contato com outra empresa, também do RN, para que comprasse 250 sacas de milho, além de pedir o adiantamento de R$ 18,7 mil.
Prisão em flagrante
Naquela ocasião do sequestro e roubo, um dos envolvidos foi preso em flagrante pela. Com o desenrolar da investigação, a polícia identificou todos os participantes da ação criminosa que se associaram de forma estruturalmente ordenada, com distribuição de tarefas entre os membros.
Uma mulher foi identificada como o "caixa" da organização criminosa. As quantias extorquidas da vítima foram depositadas na conta da suspeita e, em seguida, ela distribuiu o dinheiro a outro comparsas do grupo criminoso.
A investigação apontou também quem emprestou o carro para os suspeitos, quem emprestou a casa onde a vítima foi mantida em cativeiro e os que se beneficiaram do dinheiro extorquido da vítima. Além disso, elencou ainda o papel do líder da ação criminosa, que planejou e executou o roubo e a extorsão.
Os investigadores ainda chegaram a outros suspeitos, moradores do estado do Acre, que tiveram a função de reunir outras pessoas para emprestarem as contas bancárias para receber os valores extorquidos.